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Lusofonia

Meninos do Huambo

"Meninos do Huambo" é uma canção emblemática da música popular angolana, composta por Ruy Mingas com letra do poeta angolano Manuel Rui. Através de uma linguagem poética, descreve crianças que, apesar das adversidades, encontram motivos para sorrir e sonhar, propondo uma reflexão sobre temas como inocência, esperança e aprendizagem na procura pela liberdade. Elementos simbólicos como a fogueira representam comunidade e aprendizagem, enquanto as "lições sobre sonho e verdade" e o "custo da liberdade" são metáforas para o processo de consciencialização política e social.

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Voz e acomp.
Acompanhamento
Melodia e acomp.
Pauta
Análise musical da canção

Características melódicas

 

A melodia está na tonalidade de Ré M e tem um âmbito de 9ª menor [Dó#3 – Ré4]. 

A melodia, desenvolve-se essencialmente por graus conjuntos e é constituída por intervalos melódicos de 2ªs, 3ªs (m e M) e 4ªs Perfeitas.

 

Características rítmicas

 

A melodia está escrita no compasso quaternário, de tempos de divisão binária.

O ritmo é silábico e escrito predominantemente em semínimas e colcheias. A interpretação das estrofes de forma livre e expressiva, consoante o texto, resulta num ritmo em tempo rubato.

O andamento é Moderato (semínima =114).

 

Forma

 

Forma binária (A B) que se repete.

A melodia consiste em duas partes distintas, correspondendo uma às frases A, nas estrofes, e outra às frases B, no refrão.

 

Arranjo/Instrumentação

 

O arranjo sobrepõe camadas tímbricas incluindo os seguintes instrumentos: Piano, baixo, guitarra, shakere/maracas, bongós, congas, Djambe e pratos. 

Segue o plano formal seguinte:

Introdução |AA´| B |AA´|B | Interlúdio |AA´|BB | CODA ||

 

Ficha da canção
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Pauta
Letra

Meninos do Huambo

 

Com fios feitos de lágrimas passadas

Os meninos do Huambo fazem alegria

Constroem sonhos com os mais velhos de mãos dadas

E no céu descobrem estrelas de magia

 

Com os lábios de dizer nova poesia

Soletram as estrelas como letras

E vão juntando no céu como pedrinhas

Estrelas letras para fazer novas palavras

 

Os meninos à volta da fogueira

Vão aprender coisas de sonho e de verdade

Vão aprender como se ganha uma bandeira

Vão saber o que custou a liberdade

 

Com os sorrisos mais lindos do planalto

Fazem continhas engraçadas de somar

Somam beijos com flores e com suor

E subtraem manhã cedo por luar

 

Dividem a chuva miudinha pelo milho

Multiplicam o vento pelo mar

Soltam ao céu as estrelas já escritas

Constelações que brilham sempre sem parar

 

   [Refrão]

 

Palavras sempre novas, sempre novas

Palavras deste tempo sempre novo

Porque os meninos inventaram coisas novas

E até já dizem que as estrelas são do povo

 

Assim contentes à voltinha da fogueira

Juntam palavras deste tempo sempre novo

Porque os meninos inventaram coisas novas

E até já dizem que as estrelas são do povo

 

   [Refrão]

 

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