A melodia está na tonalidade de si menor (sem sensível) e tem um âmbito de 9ª M [Si 2 – Dó 4].
A primeira frase começa numa 4ª P ascendente e o seu consequente acaba numa 4ª P descendente, sendo os restantes intervalos 2ª (m e M), 3ª (m e M).
A segunda frase tem quase exclusivamente 2ª M e 3ª m, acabando o seu antecedente numa 5ª P ascendente seguida de 4ª P descendente. O seu consequente acaba numa 4ª P descendente, seguido de 5ª P ascendente.
A melodia está escrita no compasso 2/4, binário de tempos de divisão binária, excetuando um compasso ternário de tempos de divisão binária (3/4) que aparece na segunda parte (B).
O ritmo é silábico e quase exclusivamente escrito em semínimas e colcheias, sendo de notar a célula [semínima pontuada + colcheia] no início do antecedente e consequente da 2ª frase, que têm a mesma linha rítmica, ao contrário do que acontece na 1ª parte.
O andamento é moderado (Moderato), sem variações.
Forma binária (AB).
A melodia divide-se em duas partes, repetindo-se a primeira (AAB).
O conjunto AAB é cantado três vezes, já que a canção tem três estrofes.
O arranjo segue o plano formal seguinte: introd. AAB AAB AAB.
A introdução é tocada por trompas, seguindo-se um compasso de preparação para as estrofes que é tocado pela pandeireta.
A melodia da canção é acompanhada pelos instrumentos de sopro (trompas).
Oh, que janela tão alta,
Feita de cal e areia.
Oh, que menina tão linda
Numa janela tão feia.
Oh, que janela tão alta,
Eu a fiz, eu a risquei.
A menina que está nela
Só por morte a deixarei.
Janela de pau de pinho,
Que a meu respeito te abriste,
Torna-te a cerrar, janela,
Disfarça que não me viste.