A melodia está na tonalidade de Si b M e tem um âmbito de 8ª Perfeita [Si b 2 – Si b 3].
As duas frases são quase exclusivamente constituídas por graus conjuntos. A 1ª frase por um arpejo do acorde de tónica (1ª inversão) e tem uma 3ª menor. O antecedente e o consequente da 2ª frase começam com intervalos melódicos de 3ª m seguindo-se movimentos por graus conjuntos.
A melodia está escrita no compasso 2/4, binário de tempos de divisão binária.
O ritmo é silábico e quase exclusivamente escrito em colcheias, com excepção das entradas em anacruse, que têm a célula [pausa de colcheia + 2 semicolcheias]. A figuração sugere o movimento contínuo do tear a fiar. A anacruse em duas semicolcheias serve de arranque a esse movimento.
O andamento é moderado (Moderato), sem variações.
Forma binária (AB).
A melodia divide-se em duas partes de igual duração, que se repetem (AABB), sendo a parte A constituída por (ab) e a parte B por (cb’).
O conjunto AABB é cantado três vezes, já que a canção tem três estrofes.
O arranjo segue o plano formal seguinte: Introd. AABB Interl. AABB Interl. AABB Coda.
A Introdução tem duas partes contrastantes. Na primeira estabelece-se a tonalidade e o ambiente, e ouve-se melodia da canção na harpa celta. Na segunda parte o ambiente altera-se, assumindo o carácter de dança com a introdução do ritmo de acompanhamento executado num instrumento de percussão tradicional irlandês (Bodhran) e no violino (Irish Fiddle), numa aproximação à sonoridade Celta que se manterá até ao final.
O arranjo está organizado numa quadratura de frases simétricas de 8 compassos, permitindo coreografar danças, com facilidade.
Zabelinha tecedeira,
Tece num tear quebrado.
Vem o vento da ribeira,
Embaraça-lhe o fiado!
Zabelinha tecedeira,
Tece, tece, num tear.
Olha não te leve o vento
A teia por acabar!