A melodia está no modo de Sol (Mixolídio) transposto para Si b e tem um âmbito de 9ª Maior [Si b 2 – Dó 4].
É constituída por intervalos melódicos de 2ª (m e M) e de 3ª (m e M), com uma 4ª P e uma 5ª P na ligação entre motivos.
A melodia está escrita nos compasso 3/4, ternário de tempos de divisão binária, 4/4, quaternário de tempos de divisão binária e 5/4, que poderia ter sido escrito como 10/8 = 3+3+2+2 /8, por ter uma métrica irregular com dois tempos à semínima com ponto e dois tempos à semínima, adaptando-se à prosódia.
O ritmo é silábico, quase exclusivamente escrito em colcheias e semínimas, com figuras de maior dimensão no fim de frases. A 1ª frase entra em anacruse. De salientar as células [semínima + colcheia] repetidas nos compassos 5/4 e [semínima pontuada + colcheia] nos compassos 4/4.
O andamento é rápido (Allegro).
Forma ternária (ABA).
A melodia tem duas partes distintas, sendo a parte A constituída por (abb’b’’) e a parte B por (a’ca’c).
A canção está escrita na forma ABA, quanto à melodia, mas com textos diferentes em cada estrofe.
O arranjo segue o plano formal seguinte: Introd. ABA ABA Coda.
Recria a sonoridade da música antiga europeia e mantém a polifonia/harmonia original (3 vozes no instrumental).
A canção é cantada duas vezes, sendo antecedida por uma introdução instrumental apenas na primeira vez e tendo uma pequeníssima Coda.
Minina dos olhos verdes,
Porque me não vedes,
porque me não vedes,
porque me não vedes?
Vede-me senhora,
Olhai que vos vejo.
E que meu desejo
Creçe d'ora em ora.
Serdes crua agora
Não hé d'olhos verdes
Pois que me não vedes,
pois que me não vedes.