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Música antiga

Minina dos olhos verdes

Minina dos olhos verdes é uma cantiga de autor anónimo do século XVI de temática amorosa.

Polifonia profana do Renascimento português faz parte do “Cancioneiro de Paris”.

Canção amorosa composta por três estrofes de autor anónimo, sendo a última copla idêntica à primeira volta sobre o mesmo mote, com ligeiras variantes, escrita por Luís Vaz de Camões.

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Voz e acomp.
Acompanhamento
Melodia e acomp.
Pauta
Análise musical da canção

 

Características melódicas

 

A melodia está no modo de Sol (Mixolídio) transposto para Si b e tem um âmbito de 9ª Maior [Si b 2 – Dó 4].

É constituída por intervalos melódicos de 2ª (m e M) e de 3ª (m e M), com uma 4ª P e uma 5ª P na ligação entre motivos.

 

Características rítmicas

 

A melodia está escrita nos compasso 3/4, ternário de tempos de divisão binária, 4/4, quaternário de tempos de divisão binária e 5/4, que poderia ter sido escrito como 10/8 = 3+3+2+2 /8, por ter uma métrica irregular com dois tempos à semínima com ponto e dois tempos à semínima, adaptando-se à prosódia.

O ritmo é silábico, quase exclusivamente escrito em colcheias e semínimas, com figuras de maior dimensão no fim de frases. A 1ª frase entra em anacruse. De salientar as células [semínima + colcheia] repetidas nos compassos 5/4 e [semínima pontuada + colcheia] nos compassos 4/4.

O andamento é rápido (Allegro).

 

Forma

 

Forma ternária (ABA).

A melodia tem duas partes distintas, sendo a parte A constituída por (abb’b’’) e a parte B por (a’ca’c).

A canção está escrita na forma ABA, quanto à melodia, mas com textos diferentes em cada estrofe.

 

Arranjo/Instrumentação

 

O arranjo segue o plano formal seguinte: Introd. ABA ABA Coda.

Recria a sonoridade da música antiga europeia e mantém a polifonia/harmonia original (3 vozes no instrumental).

A canção é cantada duas vezes, sendo antecedida por uma introdução instrumental apenas na primeira vez e tendo uma pequeníssima Coda.

Ficha da canção
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Pauta
Letra

Minina dos olhos verdes

 

Minina dos olhos verdes,

Porque me não vedes,

porque me não vedes,

porque me não vedes?

 

Vede-me senhora,

Olhai que vos vejo.

E que meu desejo

Creçe d'ora em ora.

 

Serdes crua agora

Não hé d'olhos verdes

Pois que me não vedes,

pois que me não vedes.

TAGS
Música Antiga, menina, olhos, verdes, Camões
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