Tum tum piscatum e Cai, cai balão são duas canções muito divulgadas no Brasil apresentando-se geralmente em combinação. Podem ser cantadas sequencialmente ou de forma sobreposta, ouvindo-se em simultâneo as duas melodias e os dois textos. Neste caso, assumem uma forma musical denominada quodlibet.
Tum tum piscatum contém uma série de palavras sem significado aparente, com uma sonoridade forte, aberta e algo percussiva, jogando com a repetição das ‘palavras’.
Cai, cai, balão contrapõe com um texto muito simples mas coerente. No entanto, também aqui é explorado o efeito sonoro das palavras, impondo-se em cada verso a sonoridade ‘-ão’.
Dança
- A partir do vídeo tutorial concebido para o Cantar Mais, explorar os movimentos propostos para esta canção e aprender a coreografia proposta.
- Criar uma pequena coreografia associando a cada uma das canções elementos que contrastem com os da outra canção (ex: diferentes direções, níveis, trajetórias, etc.) e executar os movimentos resultantes em sequência e em simultâneo, como na estrutura do arranjo da canção. Para apoiar o desenvolvimento desta atividade pode consultar este site.)
Expressão plástica
- Integrar, numa produção plástica, técnicas de expressão como a colagem ou a assemblage com diferentes materiais, explorando o conceito de sobreposição e mistura de materiais, como no arranjo da canção, nas artes plásticas.
- Com base na observação da partitura, criar uma composição plástica desenhando o contorno melódico de cada uma das canções, sobrepondo esses contornos com cores e/ou tipos de linha diferenciados, à semelhança do que acontece com as canções quando são sobrepostas.
Para apoiar e desenvolver estas ideias aconselha-se a consulta deste site.
Língua Portuguesa
- Experimentar cantar a canção Tum tum piscatum explorando outros sons ou palavras (ex: trocar as vogais ou cantar tudo com a mesma vogal; omitir todas as consoantes e cantar só com as vogais, etc.).
- O ritmo da melodia é silábico, a cada sílaba corresponde uma nota. Explorar alterações no texto para experienciar isto (ex: se pegasse na palavra monossilábica (‘cai’) e a transformasse noutro tempo verbal (‘caí’) como adaptaria a frase para manter o ritmo melódico? (‘Cai, cai ba-lão’ por ‘Ca-í, ba-lão’)).
- Apresentar um poema em que a sonoridade das palavras seja enfatizada ou que tenha uma sonoridade diferente do habitual. Encontrará muitos exemplos interessantes aqui.
Matemática / Estudo do meio
- Na música fala-se de um ‘balão’. A ciência que estuda o som e a sua propagação é a Acústica. Os balões são feitos a partir do material fornecido pela árvore da borracha: o ‘estoiro’ que um balão produz ao rebentar está relacionado com o facto de ser ultrapassada a barreira da velocidade do som (cerca de 340 metros/segundo) quando a borracha rebenta. O conhecimento da velocidade do som pode ser usado para calcular a que distância estão os trovões que acompanham os relâmpagos, quanto tempo demora a ouvir-se uma fonte sonora a uma certa distância de nós, como e em que condições um som faz eco, etc. (Veja ao pormenor o que acontece quando um balão rebenta aqui.)
- Cada som musical tem um número de vibrações por segundo que pode ser medido e identificado com cada nota. A segunda nota destas canções (Lá3) tem uma vibração de 440 ciclos por segundo. Um instrumento com cordas mais compridas e mais grossas, como o contrabaixo usado no arranjo, produz um som mais grave (menos vibrações por segundo) do que, por exemplo, o cavaquinho. As proporções matemáticas acompanham as proporções musicais. Por exemplo, o número de vibrações de notas musicais com o mesmo nome (por ex. Dó3 e Dó4) é facilmente calculável. Cada nota com o mesmo nome tem o dobro (mais aguda) ou metade (mais grave) das vibrações da nota mais próxima com o mesmo nome. Os materiais que produzem o som funcionam da mesma forma: uma mesma corda com metade ou com o dobro do comprimento produz notas com o mesmo nome (mais agudas ou mais graves).