A melodia está, neste arranjo, na ambiguidade entre a tonalidade de lá menor e o modo de mi (Frígio). Se em vez do repouso tonal que se sente pela cadência final da Coda, se considerasse o final da melodia [Lá - Sol – Fá – Mi], com repouso no Mi (finalis) a melodia estaria no modo de mi.
Tem um âmbito de 5ª Perfeita [Mi 3 – Si 3].
É constituída por intervalos melódicos de 2ª (m e M), 3ª (m e M) e 4ª P.
A melodia está escrita no compasso 3/4, ternário de tempos de divisão binária.
O ritmo é silábico e quase exclusivamente escrito em semínimas e mínimas, estando os motivos separados por pausas, começando normalmente em anacruse e com grande profusão de síncopas, tanto regulares como irregulares.
O andamento sentido à semínima é muito rápido, sendo por isso normal marcá-lo “a 1”, sentindo-o como lento .
A canção tem uma só frase (A), que se repete com pequenas variações melódicas e rítmicas (AA’A’).
A parte A é constituída por (aabb’b’’) e a parte A’ pode ser analisada como (acc’c’b’).
A frase é cantada três vezes, já que a canção tem três estrofes, adaptando-se a linha rítmica à prosódia do texto.
O arranjo segue o plano formal seguinte: Introd. A A’ A’ Coda.
O arranjo, não se afastando muito da sonoridade renascentista original, usa um ambiente onde se notam timbres do jazz, através da bateria, e da música latina, através da guitarra.
Dos estrellas
le siguen,
morena, morena,
y dan luz al sol:
va de apuesta,
señora,
morena,
morena,
que esos ojos son.